novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

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convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

sábado, 21 de fevereiro de 2015

FICÇÃO - Criação do homem

Dizem que Deus criou o homem (não sei se acredito nisso). Dizem que Deus pegou barro e fez o homem (o quê? Deus é uma criancinha que se suja de barro fazendo bonequinhos?). Dizem que Deus deu vida ao homem assoprando nele (ah tá. Nessa eu não acredito mesmo! Pensam que sou bobo? Eu sei que a única coisa que cria ao se assoprar são os desejos que fazemos ao assoprar o "dente de Leão". Me engana que eu gosto!)

Não dizem - mas imagino - que Deus deve ter ficado muito chateado ao perceber que seu sopro infectou o homem que nada fazia, só obedecia ao seu Criador. Então Deus logo se cansou de brincar com seu bonequinho de barro e resolveu observar a Natureza.

Viu a beleza das borboletas e resolveu que seu homem também deveria ser belo, então pegou um pouco do pó mágico das asas de uma e gentilmente aspergiu nos olhos do homem. Porém o homem encapsulou toda a mutação da borboleta e assim, vemos homens que são mais lagartas (gordas, feias e que se arrastam) e vemos homens borboleta (ágeis, que voam, que são esbeltos e belos). 

Deus então observou a agilidade dos pássaros e resolveu dar esta rapidez aos homens, pegou uma pena do pássaro e espetou nos pés dos homens. Alguns realmente voam alto, já outros são como chopim, que ficam se aproveitando dos demais.
Deus então observou como os gatinhos são independentes, decidem o que querem ou não fazer, não ficam obedecendo cegamente aos donos. Pegou um fio do bigode do gato e enfiou nas narinas do homem. Assim, temos realmente alguns homens e mulheres que sabem o que querem e só fazem o que querem. Dizem que é por isso que temos que cuidar com as mulheres de bigode, pois elas são voluntariosas (nisso eu acredito! Minha mãe é assim e está agora me chamando gritando. Então, vou embora e deixo este texto para depois.) 
... 

(ah. O fio do bigode do gato! Pois é. Deu no que deu: ele quis comer a fruta. Mas é mentira que foi a cobra quem deu!  Ele subiu - sozinho  - na árvore e pegou. A cobra até o alertou...)


(Reflexões profundas de Ni, um garoto de sete anos).

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