novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......
convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

sábado, 26 de novembro de 2016

POESIA - Dentro de mim

Dentro de mim há uma neblina que não passa.
O labirinto se estreita e esmaga meu peito.
Não sou a caçadora, sou a caça.
O amor persiste no mal feito.
A garganta dói pelo grito não dado.
Os olhos rachados de tanta secura.
Meu corpo inteiro todo cansado.
A dor lancinante que me fura.
Não quero desistir. Juro que não.
Mas está difícil carregar o fardo.
Não enxergo mais o meu lado são.
Mr Hyde trancou o Dr Jekyll no quarto.
Há uma mancha em meu peito
bem parecida com a do preto gato.
uma corda, um laço, bem estreito,
em volta
do coração. É fato.


(pseudo-poema com sentimentos do passado).

sábado, 19 de novembro de 2016

REAL - A gente aprende

A gente aprende.

A gente aprende que cada lágrima é na verdade bondosa, pois retira a secura da vida nas dores e sofrimentos.
A gente aprende que o sorriso ainda baila nos cantos da boca.
A gente aprende que se é mais forte do que se imaginava e mais frágil do que se sabia.
A gente aprende que a saudade é permanente, mas menos dolorida.
A gente aprende que para cada lágrima há um abraço, para cada dor há uma mão, para cada sofrimento há um ombro e um sorriso.
A gente aprende que a dor e o sofrimento são raízes para novas folhas e – por que não? – flores.
A gente aprende que a vida não é ponto final. São apenas reticências, vírgulas, ou até pontos e vírgulas... mas que o ponto final não é agora. E que quando ele chegar será como se fosse um amigo que nos tirará das interrogações e exclamações.
Pois é.
A gente aprende. Que a cada porta fechada há uma chave. Basta ter a coragem para usar!




(Texto e foto: Susan Blum)

REAL - vende-se * compra-se

Hoje um amigo postou no facebook o que segue:



COMPRO:
Qualquer quantidade de alguma coisa.
No estado em que estiver.
Pago o preço que for.
Tratar: em todo lugar.


Muito poético, não?
Não resisti e respondi:

VENDO: 
um pouco de tudo, 
em estado de seminovousado.
Preço a combinar, 
na esquina do arco-íris da meia-noite.

Primeiro texto: Alex Joukowski
Segundo texto: meu.


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Crônica (não tão) disfarçada

Dois irmãozinhos, Grego e Neca, disputavam a atenção e amor da mãe.

- Mãe! Mãe! Olha pra mim! - disse Grego.

- Mãe! Olhe PRA mim. Vou lavar toda louça sempre! - replicou Neca.

- Não, mãe! Olha PARA MIM! Vou passar de ano já no segundo bimestre da faculdade.

A mãe dá atenção para este filho. No segundo bimestre, no entanto, com as notas na mão, ela lembra o filho da promessa que fez. Pois não passou de ano.


- Mas, mãe. Passar no 2º bimestre é impossível! Esta promessa é insana! Jamais faria isto. Quem prometeu isso foi o Neca!

- Não, filho! Foi você quem prometeu. Se era insano, por que prometeu?

- E se era insano, por que a senhora acreditou?


Moral da História:   ah... você entendeu!  Ou ainda não?