novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

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convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

sábado, 31 de maio de 2014

REAL - as sagas dos Expressos - Transporte coletivo em Curitiba

Sábado é dia de?
Visitar minha mãe (que já deixou o andador de lado, mas ainda está com o aparelho na perna).
Então você, meu caro leitor, deve estar pensando (parênteses para o blog: quem me acompanha pelo face sabe de várias peripécias que passo com o transporte público de Curitiba e de minhas diversas reclamações pelo 156 e/ou internet): “ai ai, lá vem a Susan reclamar do Capão Raso-Santa Cândida” (aliás, agora sei o porquê destes nomes. Temos que ter uma santa e cândida paciência, pois o espaço ali sempre é raso).
Mas engana-se você, caro leitor. Hoje não vou reclamar. E daí você deve estar pensando: “uau! Finalmente a URBS após trocentas reclamações suas por telefone, e-mail, internet, etc melhorou o transporte?”
E eu direi: “caro leitor, não seja ingênuo! Ouves  estrelas decerto! CLARO que NÃO! O Transporte continua horrível!" Então vejamos, porque não estou reclamando dele do dia de hoje: pura e simplesmente fui a pé da casa da minha irmã até a minha casa. Não. Não moramos perto.
Ela mora lá para o final da sete de setembro... eu moro depois da rodoviária, antes do hospital Cajuru. É uma boa caminhada, ainda mais carregando livros (passei na livrarias Curitiba para pegar minha encomenda do “Dicionário de Semiótica” e daí já viu, né? Livros por 9,90 não resisto).
Enfim... quando saí do Shopping Curitiba vi que a fila de pessoas para fora dos tubos era tanta que... fui andando... e não vi UM expresso Santa Cândida-Capão Raso passando por mim.

MAS, se você quer ouvir reclamação, eu posso dizer que na quinta de tarde (dia 29) eu fui ver minha mãe e levar algumas coisas para ela. Depois de trabalhar a manhã toda, ir para casa para deixar um monte de material (sou professora e teve entrega de manuscritos), tomar um rápido café com leite (meu vício), pegar coisas dela no ap. dela, etc. fui pegar o ônibus. Para ir até o Estação (tubo de troca de Expresso, porque NÃO há UMA única linha que faça o caminho reto entre Capão Raso e Capão da Imbuia - coisa que reivindico faz tempo) tudo tranquilo. Chego lá e vejo que não há muita fila do Santa Cândida-Capão Raso. Isso é uma incógnita.  Fico ali esperando. Passa um, dois, três, quatro, cinco expressos que vão para a Rui Barbosa ou Campo Comprido (sempre menos Campo Comprido e sempre o Campo Comprido mais lotado – outro problema). Então... mais um, dois, três, quatro, cinco, seis expressos que vão para a Rui Barbosa ou Campo Comprido (não... não é erro de digitação que sem querer me fez repetir a frase... é isso mesmo: passaram ONZE Expressos em direção ao Centro). Então, CALMAMENTE, pego o celular e ligo 156. Primeira coisa que ouço: “no momento todos os nossos atendentes estão ocupados, você será atendido em..........” (um minuto depois a resposta: “...UM minuto”. Espero o UM minuto e finalmente uma voz HUMANA me pergunta os dados de sempre: Nome, RG, CPF, Etc... “em que posso ajudá-la?”
E eu CALMAMENTE: "gostaria de saber quando é o horário do Expresso Santa Cândida –Capão Raso pois  estou na Eufrásio Correia há meia hora e estamos entupidos (esqueci de comentar que chegou MUITA gente daqueles onze expressos, mais gente que entra no tubo pelo lado de fora) esperando o ônibus". Mais alguns minutos com a moça repetindo”espere um momento por favor.... aguarde um momento por favor... pela nossa tabela passa este Expresso de dez em dez minutos". E eu repito CALMAMENTE "Mas estou aqui há mais de meia hora, MUITA gente aqui no tubo entupido e NADA do Expresso". E ela: "a senhora gostaria de registrar uma queixa?" E eu: "CLARO que desejo!" Enquanto ela me atende rapidamente (estou sendo irônica aqui) o Expresso chega. ENTUPIDO de gente. Tentamos entrar (só entra uns 30% do pessoal). Uma senhora com um bebê de colo tenta não sufocar. Não consegue lugar para sentar. Tento me segurar e tento ajudar ela.  Digo para a atendente que finalmente o ônibus apareceu, mas que está lotado. Ela me pergunta o registro do ônibus, e eu, CALMAMENTE: “moça, estou tentando me segurar aqui, não tem como vocês verem no controle de vocês os ônibus da linha?” (sinceramente acho que eles não tem controle algum). E ela: “nos ajuda se a senhora nos passar a identificação”. Oras, ME ajuda se eles dessem um jeito nestes Expressos! Mas...OK.. respiro fundo, torço o pescoço, enxergo em um canto do ônibus. HE708. Dou a bendita identificação.
Ela anota tudo... horário, identificação, lotação, etc.. e ao final me pede: “pronto, registrei a sua queixa, a senhora poderia anotar o número do protocolo?” Agora eu realmente perco a calma. E respondo de forma mais grosseira: “Acho que a senhora NÃO entendeu a minha situação! Estou em um ônibus super-lotado, tentando ajudar uma senhora com um bebê que também está em pé, tentando me segurar, tentando respirar... COMO você quer que EU ANOTE ALGO?? Mande ao meu e-mail que vocês tem aí!”
Se ela se tocou ou não, eu não sei. Ela disse que enviaria. Até agora não recebi nada. Mas já estou acostumada com isso. Mesmo assim não  vou desistir. QUERO um transporte com mínimas condições de uso. QUERO que a população receba um mínimo de dignidade. E vou continuar reclamando sim. Seja no 156, seja pela internet, seja pelo face (e agora pelo blog). Em algum momento farão uma linha Capão Raso – Capão da Imbuia (que desafogaria e MUITO o Tubo ESTAÇÃO). Uma hora colocarão mais Expressos Centenário-Campo Comprido e também Santa Cândida-Capão Raso.

Que assim seja!
(Texto: Susan Blum. Imagens: internet.)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

REAL - Sujeira.

Hoje estou com os olhos sujos.
Vi um morador de rua batendo na mulher com um pedaço de pau. HORROR!

Hoje estou com as lágrimas sujas.
Vi um morador de rua batendo na mulher com um pedaço de pau. Fiquei com medo de interferir. HORROR!

Hoje estou com as mãos sujas.
Vi um morador de rua batendo na mulher com um pedaço de pau. Fiquei com medo de interferir.  E nada fiz! HORROR!

Hoje estou com a alma suja.

Vi um morador de rua batendo na mulher com um pedaço de pau. Fiquei com medo de interferir.  E nada fiz! Levarei esta mancha na alma para o resto da vida. HORROR!

(Texto: Susan Blum. Imagem: internet)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

REAL - FESTA

Em julho de 2013 recebi em minha casa um aluno muito querido que me propôs um trabalho muito legal.
A ideia dele era tão boa que resolvi apresentar como projeto para o Instituto Positivo, através da coordenação de Publicidade e Propaganda.
Conseguimos apoio do Instituto Positivo e fizemos visitas a instituições com crianças doentes ou carentes, asilos, ou seja, locais que precisavam de doação de sorrisos.
O nome do projeto?
FESTA.

Vou falar um pouco sobre isso aqui:

Tudo começou quando ele escutou esta música e viu este vídeo. A partir dele que fomos desenvolvendo a ideia.
FESTA - Mozart

Agora peço que assistam aos dois vídeos que os alunos fizeram:

FESTA COLHENDO SORRISOS

FESTA SEMEANDO SORRISOS


 **************************************
Alunos do apoio de 2013 (setembro a dezembro):


André Tiago da Silva
Andressa Godói Bach
Arthur Colaço Ferrari
Davi Martins
Gisele Nepomuceno
Guilherme César
Letícia Rodrigues
Lissa Wan
Luiz Trentini
Pamela Groff

Alunos que foram voluntários para as atividades:
Cesar Vinicius 
Sara Andrade 
Ana Paula Onzi

Agora para 2014 reapresentei os projetos que novamente foram abraçados pelo Instituto.

DELETE O QUE NÃO SERVE -  LEVE SÓ O QUE HÁ DE BOM EM VOCÊ.


RELATÓRIO PROJETO FESTA (set-dez 2013)

Primeira reunião em julho – um aluno me procurou com a ideia.

Segunda reunião na sala de publicidade Practice – U.P. – em início de agosto.
Terceira reunião (na minha casa) – 15 setembro – para definir estratégias, dias, planejar atividades, gastos e custos.

Quarta reunião – Practice (após saber do apoio do Instituto Positivo).
Primeira visita: APACN. Sem direito de imagem, mas quisemos fazer para ver as possíveis dificuldades e necessidades para as outras visitas que seriam fotografadas e filmadas.
Dia da visita: 22 de setembro de 2013
Toda a equipe de apoio do projeto FESTA – na frente da APACN (setembro-2013)
Alguns de nós, na APACN.

Quarta reunião na minha casa, final de setembro. Decisões sobre atividades e o que levaríamos para a segunda Instituição e para os idosos (fizemos campanha de doação de maquiagem e bijouterias para as idosas. Compramos bingos, dominós e baralhos para os idosos).

Segunda Instituição: Bom Samaritano –  Fazenda Rio Grande – 03 de novembro
(algumas das crianças do Bom Samaritano, quando já estávamos finalizando a visita).
Gravação de depoimento sobre o projeto FESTA no Bom Samaritano (todos nós fizemos um depoimento, mas o desta senhora, que cuida das crianças por lá, foi emocionante).
A senhora que cuida do local e os participantes do PROJETO FESTA – Bom Samaritano.

A terceira visita seria no dia 24 de novembro, no Lar ****** (de idosos). Ela já tinha sido marcada, mas ao chegarmos lá, ninguém sabia da visita. Tivemos que ir embora. Desorganização por parte deles.


Marcamos então mais uma visita em outra instituição:
Dia 10 de dezembro – Lar Projeto Esperança. Nesta, por ser próximo do Natal, levamos comes e bebes e presentes para as crianças, entregues por um “Papai Noel” – um dos alunos



FINALIZANDO: Foram confeccionados dois vídeos que estão disponíveis na internet, e que estão no CD entregue ao Instituto, junto com estes relatórios.
E

Agradecemos a disponibilidade do Instituto e o apoio dado ao nosso projeto.
Os alunos aprenderam muito com tudo isto. Não somente na doação e voluntariado, mas na aprendizagem de uso do que aprenderam durante o curso de publicidade e propaganda.
Qualquer dúvida, coloco-me à disposição.

Susan Blum

susanpessoa@yahoo.com.br

sexta-feira, 23 de maio de 2014

REAL - ficção - Alimento

Meio-dia e meia.
O ronco dos carros se misturam ao do meu estômago. Grudado na minha coluna ele desfia vértebras de desejos famélicos.
Acima de todos estes ruídos, um som se destaca. Não tem como não olhar para cima. Eles exigem meu olhar por causa de seus gritos.
Paro e olho.
É tanto verde esperança de saciedade que quase não os vejo. Por fim, um movimento se destaca na folharestaverdejante.


Ah! Agora os percebo. 
Camuflados nos verdesperanças alimentares.

Atrapalhei o almoço dele.
Ele para de comer e me olha com seus olhinhos de jabuticaba.
Pergunta:
- Está servida?
Respondo, com o estômago ainda reclamando:
- Não. Obrigada! Parece meio seco demais para mim Só queria uma foto mesmo. - e clico feliz.

Fui embora com a alma bem alimentada!


quinta-feira, 22 de maio de 2014

FICÇÃO - frases de Riobaldo (G.S.: V.)





"Passarinho que debruça – o voo já está pronto."





"Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."


"Medo, não, mas perdi a vontade de ter coragem"



"E sei que em cada virada de campo, e debaixo de sombra de cada árvore, está dia e noite um diabo, que não dá movimento, tomando conta" 




"Sertão é o sozinho"   ***   "Sertão: é dentro da gente"

terça-feira, 20 de maio de 2014

REAL - Histórias de ônibus

No Expresso Centenário-Campo Comprido três "manos" entram (entre o terminal Campo Comprido e Campina do Siqueira). Três "manos" brincalhões.
(mano 1) Olha só! Aqui tem TV!
(mano 2) - Nossa. Isso que é TV? Nunca vi uma!
(mano 3)- Fiquem quietos. Quero ver as notícias! Olha! Horóscopo.
E grita alto para todos do ônibus:
- Alguém é de escorpião?
Logo em seguida, ele continua:
- Opa. Gêmeos! Sou eu! - e lê: "Você guarda muita coisa dentro de si. Desapegue do desnecessário"
Fala para os outros manos:
- Puxa! Verdade. Tenho que fazer isso. Estou há 3 dias guardando meu coco. Chegando em casa vou tomar activia!


**************************************

A menina deve ter uns seis ou sete anos e está no Circular Centro com o pai.
- Pai, quando eu crescer quero ser advogada, veterinária, médica, bombeira e professora.
E o pai:
_Mas filha. É muita coisa. Como você vai fazer tudo isso?
- Ué. A semana não tem sete dias? Então! Cada dia faço uma coisa.

É. A lógica infantil faz sentido.

(Textos: Susan Blum. Imagens: internet)



REAL - A oncinha e as três rosas

Todos os dias eu pego ao menos UM ônibus. Em alguns dias eu pego até oito ônibus. Eles são ótimos como material de escritos.
Na semana passada eu participei pela primeira vez do "Criaturas Crônicas". E a experiência foi pegar um ônibus (Expresso), e escrever algo (dentro do ônibus cheio, em pé) em pouco tempo. Chegando ao Terminal Portão, descemos e lemos o que escrevemos.
A primeira sensação foi de angústia. Olhava para todos os lados e não via nada interessante para escrever. Pensei até em escrever sobre isso: a angústia de não ter o que escrever, mas achei isso meio batido. Daí fiquei ao lado de 4 garotas que riam muito alto. Achei que ali acharia algum material digno de nota.
Não errei. Mas não fiquei satisfeita com o resultado.
Coloco aqui a título de registro, apesar de não ter gostado do texto. 
Mas devo confessar que gostei da experiência: ser forçada a escrever algo em alguns minutos e dentro de um ônibus.

Lá vai:
 A oncinha e as três rosas.
Quatro amigas com felinas risadas altas.
Uma, a de oncinha enrolada no pescoço, vasculha a bolsa e pergunta para as três roas:
- Cadê minha camisinha?
As três riem e dizem (quase em coro):
- E EU vou saber?
A rosa clara complementa:
- VOCÊ é que usa.
A rosa média brinca:
- Tenho uma usada aqui, serve?
- Ui que nojo - diz a rosa forte.
- Ai. Mais respeito com minha pessoa.- diz a oncinha.
- Ué, é só limpar - finaliza a que propôs.
Então a Oncinha olha o celular:
- Vou desligar esta bosta.
As rosas em coro:
- Por quê?
- Porque ele fica enchendo o saco. Tô perdendo a paciência. - e volta a resmungar:
- mas que droga! Sem camisinha!
Uma rosa pergunta:
- Você vai ver ele hoje?
- Não. É o outro hoje.
Os dois rapazes que estão na frente delas param a conversa e olham para elas.
Um deles observa a oncinha e diz ao amigo:
- Acho que a carne é FRIBOI !


(dentro do Expresso Pinheirinho, dia 16 de maio)
(Texto: Susan Blum. Foto: Susan Blum)

terça-feira, 13 de maio de 2014

FICÇÃO - flâneur vol

Vento.
Disso ela se lembra.
Da boa sensação do vento passeando por todo o corpo, fazendo com que sua saia flutuasse ...
Quem disse que bruxa só voa com vassoura? 

Então se lembrou de sentar na cama, saindo do sonho no qual estava voando.
Sentou-se, abriu os olhos e viu que estava com seus sapatinhos vermelhos.

Este foi o primeiro estranhamento, na saída do sonho.
Depois, aos poucos... foi olhando ao redor.
E só então percebeu.
Que estava ali. Flutuando.

Desejou voltar ao sonho.
Mas já era tarde demais...


(Texto e foto: Susan Blum)


sábado, 10 de maio de 2014

TODA LETRA - Crônica - Primeiros passos

(Especial para o dia das mães)


erste Schritte
Abro a porta e a vejo. Sentada no sofá. Ela me vê e ri.
Vejo que ela se levanta sozinha e vem andando até mim. Andando! Sozinha!
Os primeiros passos!
Os primeiros passos sem nenhum apoio!
Sem nenhuma ajuda.
Fico apreensiva, mas ao mesmo tempo MUITO surpresa e alegre!
Que delícia!
O sorriso dela corre até mim. Que felicidade.
Sinto um amor enorme por este serzinho frágil que tem uma relação de vidas comigo. Sinto muita ternura e muita felicidade. Vou até ela e a abraço forte.
O amor explode precipitando-se pelo ambiente.
Sinto o aligeirar de lembranças e recordações.
Depois de um mês difícil com altos e baixos. Após a cirurgia, as complicações, as visitas ao hospital, os cuidados extremos de todos da família.
Ah... os primeiros passos. Um símbolo da busca da independência.
Independência que é conquistada com tanta luta, esforço e sacrifício.
Assim, compreendo quando ela fica chateada quando queremos ajudá-la em tudo. Mas ela tem que entender que é uma espécie de retorno de amor.
Quero dar a ela – de forma mínima – um pouco de tudo que ela fez por mim.
As intermináveis noites e madrugadas, com a filha no colo, sem conseguir respirar por causa da maldita bronquite asmática. A mãe carregando a filha e andando pela casa, para ajudar a entrar o ar.
Como eu queria pegar ela no colo e sair por aí com ela, para lhe dar um pouco de novos ares.

Minha mãezinha querida está andando sem o andador!
Compreendo então porque quero tanto ajudá-la. Fico imaginando a alegria dela com os meus primeiros passos. E hoje, o pequeno grande milagre: os primeiros passos.
E o primeiro “passeio” que não foi para ir ao hospital ou a exames médicos. Ela me levou para a faculdade. E me senti como a Susi pequena que era levada pela mãe até o Grupo Escolar Tiradentes.
Quem é mãe? Quem é filha? Apenas conceitos. Somos eu, ela e minha irmã.

O clã feminino da família. O coração pulsante da base familiar! Meus amores.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Texto-imagem - Trânsito

Enquanto isso, nas ruas de Curitiba, o trânsito continua seguindo...

Fusquinha verde com trânsito livre...


Carga pesada.
Ainda bem que seguiam por ruas distintas, não quero imaginar o acidente!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

REAL - Croquis urbanos no Museu Paranaense

GRANDES artistas estarão expondo seus trabalhos maravilhosos que envolvem todo um estudo patrimonial e histórico. Trata-se do Grupo Croquis Urbanos.

Deixo aqui o convite para irem visitar a exposição no Museu (tem fotos minhas) e também uma "apresentação" feita por um dos integrantes (Marconi).

Meus agradecimentos a este grupo por me acolherem de forma tão gentil (desde o início deste ano acompanho o trabalho deles).

O que é Croquis Urbanos Curitiba?

Nós somos um grupo ABERTO de desenhistas iniciantes, amadores e profissionais que passeia por Curitiba em busca de temas para croquis. Nosso objetivo é registrar a cidade, seus habitantes e aprender uns com os outros sobre as possibilidades do desenho de observação.

ABERTO signfica que qualquer pessoa pode participar, independente de idade ou habilidade técnica.  Não há hierarquia, nem curadoria.  A grande qualidade do Croquis Urbanos Curitiba é sua diversidade.

O que é Croquis?

Segundo a Wikipedia,  croquis  é uma palavra francesa aportuguesada como croqui ou e pode ser traduzida como esboço ou rascunho feito rapidamente.
Um croqui, portanto, não exige grande precisão, refinamento gráfico ou mesmo cuidados com sua preservação, diferente de desenhos finalizados. Costuma ser realizado em intervalos de tempo relativamente curtos, no nosso caso em  2 horas. O que costuma ser mais importante no croqui é o registro gráfico de uma idéia instantânea, através de uma técnica de desenho rápida e expressiva.
Um croqui, dado o seu aspecto de instantaneidade e diálogo informal, não costuma seguir regras formais de desenho ou técnicas muito elaboradas. Os principais materiais para elaboração de croqui são justamente aqueles que não exigem um refinamento maior de desenho: aquarela, lápis grafite e de cor, barras de grafite e carvão, giz de cera, giz pastéis, entre outros.

Como o Croquis Urbanos Curitiba surgiu?

Do alto de seu apartamento na Praça Generoso Marques, no centro de Curitiba, os designers Lia Monica e José Marconi avistaram o arquiteto Reinoldo Klein desenhando o prédio do Paço Municipal. Desceram e pediram para acompanha-lo na aventura. Na mesma semana, Marconi recebeu o telefonema do também professor  e arquiteto Wagner Polak propondo a reunião de um grupo para desenhar cenários da cidade para uma possível história em quadrinhos. Pronto. Estava formado o trio que iniciou, da forma mais despretensiosa possível, o coletivo Croquis Urbanos Curitiba.

O primeiro encontro ocorreu no dia 10 de março de 2013 e de lá para cá não houve um final de semana em que não tenha havido uma sessão de Croquis Urbanos, ou seja, já fizemos 60 encontros semanais ininterruptos. Nosso principal compromisso é reunirmos todas as manhãs de domingo, faça sol ou faça chuva, para desenharmos juntos. Todos os domingos ao final da tarefa, quando nosso sino toca, realizamos uma exposição em frente ao prédio que desenhamos e registramos todo o evento com fotos.  A atual lista de participantes inclui mais de 200 nomes e semanalmente reunimos em média com 40 participantes.

O Croquis Urbanos mantém uma "fan page" no Facebook que tem mais de 5.100 seguidores.  Esta página funciona como suporte virtual para apresentar os desenhos, manter o diálogo e marcar os encontros do domingo seguinte, onde o clima de camaradagem impera.

“ ‘Croquisar’ em grupo é muito mais prazeroso” como afirma Fabiano Vianna, um dos participantes mais assíduos. “No final, todos curtimos o desenho um do outro e trocamos muitas ideias. Um sugere um tipo de material, outro fala de uma papelaria boa, etc.”, completa.

Mas nem só de desenho vive o Croquis. Um grupo de fotógrafos também está sempre presente para registrar as atividades do grupo. As fotos (e até alguns vídeos) são sempre publicadas na rede social. Entre os fotografos mais assíduos se destacam: Francisco Camargo, Washington Takeuchi, Regina Oleski e Rafael Pinto.

Regras
Apesar de ser um grupo aberto e que desenha por prazer, o Croquis Urbanos estabeleceu regras que garantem a caracterização dos resultados gráficos como um croqui: o desenho precisa ser desenvolvido dentro do tempo de duas horas, das 9h30 às 11h30, embora acabamentos finais possam ser acrescentados depois.

Além disso, existem as 9 regras, 8 das quais foram retiradas do manifesto do Urban Sketchers, grupo mundial que pratica o desenho de observação e que serviu de inspiração para nosso grupo.

1. Desenhamos in loco, no interior e no exterior, registrando diretamente o que observamos.
2. Os nossos desenhos contam a história do que nos rodeia, os lugares onde vivemos e por onde viajamos.
3. Os nossos desenhos são um registro do tempo e do lugar.
4. Somos fiéis às cenas que presenciamos.
5. Usamos qualquer tipo de técnica e valorizamos cada estilo individual.
6. Apoiamo-nos uns aos outros e desenhamos em grupo.
7. Partilhamos os nossos desenhos online.
8. Registramos o mundo, um desenho de cada vez.
9. O croqui deve ser desenvolvido no tempo estipulado dentro do encontro, embora acabamentos possam ser acrescentados depois. Esta regra é exclusiva do nosso grupo.

Página dos Croquis Urbanos Curitiba:
https://www.facebook.com/CroquisUrbanosCuritiba



Nesta exposição participarão os seguintes croquiseiros e fotográfos:

Croquiseiros
1.         André Coelho
2.         Anibal Andraus Neto
3.         Camila Santos
4.         Carlos Emiliano de França
5.         Cassio Shimizu
6.         Cláudia Guimarães Pinto
7.         Cláudio Ogliari
8.         Cleverson de O. Dias
9.         Daniela Sumida
10.       Di Magalhães
11.       Diana Carneiro
12.       Doralice Araújo
13.       Eliane França
14.       Fabiano Vianna
15.       Fernando Nolasco
16.       Fernando Popp
17.       Giovanna Festa
18.       Gustavo Ramos Marques
19.       Hudson Biscaia
20.       João Paulo de Carvalho
21.       José Marconi Bezerra de Souza
22.       Joseli C. Bezerra
23.       Leticia Strehl
24.       Lia Monica Rossi
25.       Luiza Sá Moreira
26.       Mari Faccio
27.       Marillyn L. Damázio
28.       Mário Sergio Freitas
29.       Mauricio Goez
30.       Misael Alves de Paula
31.       Odil Miranda Ribeiro
32.       Rafael Codognoto
33.       Reinoldo Klein
34.       Rubens A. Gennaro
35.       Simon Taylor
36.       Sueli Baglioli Pereira
37.       Thiago Bueno Salcedo
38.       Wagner Polak

Fotografos
1.         Rafael Pinto
2.         Regina Oleski
3.         Francisco Camargo
4.         Vitor Santana
5.         Susan Blum Moura




Croquis Urbanos Curitiba - Encontros realizados em 2013-14


Lugar
Data
01
Museu de Arte Contemporânea
10-03-2013
02
Edifício Garcez
17-03-2013
03
Belvedere
24-03-2013
04
Mercado Municipal 1
31 03 2013
05
Casa Modernista Frederico Kirchgässner
07-04-2013
06
41o Sketch Crawl
13-04-2013
07
Moinho Rebouças
21-04-2013
08
Casa de Pedra
27-04-2013
09
Casas do Batel
05-05-2013
10
Vista Alegre
12-05-2013
11
Praça das Nações
19-05-2013
12
Casa do Dalton Trevisan
26-05-2013
13
Edifício Anita (com jardim suspenso)
02-06-2013
14
Praça Santos Andrade
06-06-2013
15
Com. Araújo/Pres Taunay
16-06-2013
16
Câmara Municipal Ext.
23-06-2013
17
Imin Matsuri
30-06-2013
18
Muro do Bosque Gomm
07-07-2013
19
Bosque do Papa
14-07-2013
20
Passeio Público
21-07-2013
21
Mercado Municipal 2
28-07-2013
22
UTFPR
04-08-2013
23
Praça 29 de Março
11-08-2013
24
Praça Japão
18-08-2013
25
Palácio Garibaldi
25-08-2013
26
Casa Estrela
01-09-2013
27
Catedral Centro
08-09-2013
28
Jardim Botânico 1
15-09-2013
29
Musicletada
22-09-2013
30
Colegio Estadual
29-09-2013
31
Parque São Lourenço 1
06-10-2013
32
Hospital Pequeno Príncipe
13-10-2013
33
Museu Botânico
20-10-2013
34
Cemitério Municipal São Francisco
27-10-2013
35
Museu Oscar Niemeyer - MON
03-11-2013
36
Parque São Lourenço 2
10-11-2013
37
Belvedere 2
17-11-2013
38
Câmara Municipal Interior
24-11-2013
39
Rua São Francisco
01-12-2013
40
Museu Paranaense
08-12-2013
41
Exposição Cadeiras Sergio Rodrigues
15-12-2013
42
Palacete dos Leões
22-12-2013
43
Palácio Avenida
29-12-2013



44
Parque Barigui
05-01-2014
45
Ferroviária / Serra Verde Express
12-01-2014
46
Museu Municipal de Arte - MUMA
19-01-2014
47
42o Sketch Crawl - Curitiba
25-01-2014
48
Museu Guido Viaro
02-02-2014
49
Solar do Barão
09-02-2014
50
Bosque Alemão
16-02-2014
51
Unilivre
23-02-2014
52
Zombie Walk 2014
02-03-2014
53
Retrospectiva de um ano
09-03-2014
54
Garagem da Serra Verde Express II
16-03-2014
55
Vagão do Armistício
23-03-2014
56
Museu Paranaense II
30-03-2014
57
Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões
06-04-2014
58
Casinhas à beira do trem (Bacacheri)
13-04-2014
59
Casa Modernista  do Arquiteto Manoel Coelho
20-04-2014
60
Casa Modernista de Bernardo Kirchgässner
27-04-2014
 E HOJE FOI O INICIO DA EXPOSIÇÃO. ALGUMAS FOTOS:
 Nesta foto eu apareço com 3 fotos minhas. 
Vão ter que ir até lá para ver quais são! haha 
Já nesta foto aparecem as 4 fotos minhas. 
Mais a minha amiga querida Suely!
(obrigada Chico pelas fotos!)