novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......
convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

FICÇÃO - poema SONO - Marlyn Voigt

O Sono

O sono vem
O sono pesa
O sono cansa
O sono não se entrega
O sono rumina o dia
O sono desperta sons
O sono amplifica o tic-tac do relógio
O sono quer sonhar
O sono planeja
O sono relembra
O sono tropeça
O sono inspira
e... o sono passa!


Marlyn 16/05/05

(De vez em quando posto poemas e escritos de amigos, quando gosto!)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

REAL - Caminhadas Observacionais MUDOU A DATA! 01 de fev.

Olha só que legal!
Curitiba tem um grupo que se junta quatro vezes por ano para andar e conhecer mais a cidade.
Sei que o flaneur é só. E vivo passeando pelas ruas de Curitiba, fotografando coisas diferentes.
Mas não vejo a hora de passear com eles!
ATENÇÃO! MUDOU DA DATA: 01-fev
Para quem não sabe, esta palavra FLANEUR, ganhou outro significado com Baudelaire. De: "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la, vivenciá-la, degustá-la".
Vamos? 
Fica o convite!
Veja mais detalhes em: 
CAMINHADAS OBSERVACIONAIS

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

REAL - empatia (e uma pequena homenagem para Simone de Beauvoir)

Hoje é aniversário de Simone-Ernestine-Lucie-Marie Bertrand de Beauvoir.
Mais conhecida como Simone de Beauvoir. Escritora, feminista, filósofa e companheira de Sartre.
Vamos analisar rapidamente o seu nome:
Simone: a que ouviu, ouvinte, a que sabe ouvir.
Beau - belo
Voir - vista
Incrível ! Ter no nome dois sentidos tão importantes: ver e ouvir.
As pessoas hoje em dia falam demais, escutam de menos. Não veem os outros. Só veem a si mesmos, só escutam a si mesmos.
Sempre gosto de observar as pessoas na rua ou no ônibus. Muitas vezes presenciei o seguinte caso:
Uma pessoa está falando de seu problema e a outra interrompe ou aproveita uma respirada para falar de como o SEU problema é pior.
Exemplo:
"Meu filho está se drogando"
"pois é... o meu já é traficante"

***

"Milha filha namora um crápula que bate nela"
"Já nem tenho mais filha... foi assassinada pelo marido".

***
"Tenho andado com uma dor nas costas"
"Nem me fale, tem dias que nem consigo sair da cama"

Ou seja, não se respeita a dor e o desespero alheios. É uma espécie de competição para ver quem sofre (sofreu) mais.
Que mundo é este em que não há empatia?

Pior é quando a pessoa dá uma de Polyanna:

"Estou sem sapatos"
"pelo menos você tem os pés".

? ? ?  
Isso é compaixão? Prefiro que as pessoas não tenham compaixão. Prefiro que as pessoas tenham empatia. SEMPRE comento em sala sobre a diferença de simpatia, antipatia, apatia e empatia... sempre procuro fazer os alunos refletirem sobre a necessidade da empatia. Ou seja, se colocar no lugar do outro.

E hoje me caiu em mãos um vídeo que explica um pouco melhor o que sempre falo.
Vamos à ele então, pois ele explica melhor que eu (que vou ficar quieta).
EMPATIA!

REAL (ficção) - Fotografia!

Ah! 2013 foi o melhor ano da minha vida (até agora). MUITAS conquistas, muitas descobertas, muito estudo, muita escrita, etc.
E uma das melhores coisas que me aconteceram foi um amigo me levar para um grupo fantástico!
O Espaço Fotógrafo!
Só para ter uma ideia, trago uma ou outra foto da primeira saída fotográfica (realizada agora em janeiro). 
Eu estava atrasada e saí correndo do ônibus para o local de encontro. 
CLARO que a amiga Cintia Zuchi aproveitou para me fotografar!



E depois, durante o passeio, também... 
é um tal de um fotografando o outro hahaah
(não pareço daquelas corujas que ficam colocando a cabeça de lado para ver?)
(olha o detalhe do dedinho... haha minha mão me ensinou a ser dama!)
Esta, da Ju Philippe gerou até uma discussão lá no facebook:
Coloquei: 
"Oh não! Ela me viu! Não sou boa paparazzo."
(transcrevo:)


Enfim. 2014 começou bem! 
Que venham mais passeios fotográficos!

(Fotos: Cintia Zuchi e Ju Philippe)

domingo, 5 de janeiro de 2014

REAL - Literatura terapia e leitura de clássicos

Hoje me deparei com uma notícia sobre a leitura de clássicos.
Lembrei-me que o professor Newton da Costa sempre me fala da importância da literatura na vida de cientistas. (Sobre Newton da Costa veja postagem Newton: Göedel, Escher e Bach)
Mas, retornemos ao que recebi hoje:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ler-autores-classicos-estimula-o-cerebro-e-pode-servir-como-autoajuda-diz-estudo
E me lembrei de um texto que escrevi, baseado em uma palestra que assisti em 2008.
http://alb.com.br/arquivo-morto/linha-mestra/revistas/revista_13/depoim_13.asp.html
E me deu vontade de retomar este projeto de vida: Trabalhar com literatura terapia.
Repasso abaixo o texto que escrevi:


A LITERATURA COMO TERAPIA
  Susan Blum Pessôa


No dia 19 de setembro de 2008, duas alemãs, Bettina Twrsnick e Angela Thamm, estiveram em Curitiba a convite do Instituto Goëthe para divulgar o método de trabalho da Biblioteca Fantástica de Wetzlar. Em um projeto existente desde 2001, que transformou a vida da cidadezinha de Wetzlar, a bibliotecária Bettina e a doutora Angela (psicologia e literatura) trabalham a leitura de forma a conseguir com que os leitores se transformem. Esta visita à Curitiba tem o intuito de divulgar este projeto e de procurar parcerias institucionais para a exploração dele em nosso contexto.

Angela Thamm define seu trabalho inspirada em um livro brasileiro: Crianças na escuridão, de Júlio Emílio Braz. A doutora diz que as crianças de hoje se encontram em uma escuridão, pois ficam a maior parte do tempo no computador ou na televisão. Sua palestra teve como objetivo mostrar que os problemas atuais de saúde e educação são baseados no fato das crianças terem perdido - ou nem terem aprendido - uma linguagem. O plano de fundo deste conhecimento encontra-se oculto em quatro idéias:

 Compreensão de Cenas
 Jogo da Linguagem (para dar vida aos sentidos – conceito de Ludwig Wittgenstein)
 Literaturaterapia (projeções da literatura fantástica infantil com foco no convívio social)
 Farmácia dos Livros Ilustrados (a literatura como “resolução” de problemáticas interiores desenvolvidas pelo mundo real). Uma caixa com alguns livros que as crianças e adolescentes podem escolher à vontade, e que trazem – de forma metafórica e não como “lição de vida ou de moral” – possibilidades de auto-conhecimento e de “nomear” sentimentos e pensamentos.

A palestra foi dividida em cinco partes, baseando-se em livros infanto-juvenis.

1. Crianças na Escuridão - Linguagem Perdida
2. Madassa – Trauma, Sonho e A Reinvenção da Linguagem
3. Fiete Diferente – Os Novos e Velhos Segredos dos Neurônios-Espelho
4. Olga e Os Amigos Ursos – A Linguagem Viva com Livros Ilustrados
5. O Encantamento através da Linguagem – O Projeto dos Livros Infantis ao Redor do Mundo

Estes livros são alguns que estão na caixa da farmácia dos livros ilustrados. Junto com estes trabalhos também há a preocupação com um envolvimento direto de pais, crianças e literatura. Além disso, este projeto também se baseia na teoria dos neurônios-espelho, que afirma a simultaneidade de sentimentos em pessoas diferentes. Logo, através da leitura desses livros a criança teria um referencial para pensar seus sentimentos e pensamentos.

Uma literatura fantástica não no sentido de um Edgar Alan Poe, mas, como disse a bibliotecária Bettina: “O fantástico não quer dizer que seja algo não-real, mas sim o que é bom para a imaginação, para a criação da fantasia”. Assim, foram apresentadas algumas idéias contidas na literatura, como: Madassa que não possuía palavras para sua raiva, medo ou tristeza; bichinhos de uma ilha imaginária que atendem a todo pedido da menina Gisela, até aparecer a cobiça; amigos ursos que são abandonados por um deles quando encontram um patinete; Olga que acorda com um barulho cinzento em sua barriga; ou ainda Fiete diferente que busca amigos que também sejam vermelhos e brancos.

Enfim, em um trabalho conjunto com professores, pais, crianças, e bibliotecários, pode-se ajudar na resolução de conflitos e carências, colaborando com o diálogo, o respeito e a cidadania. No final, cada criança pode também aprender a fazer um livro, contando suas histórias e explorando suas vivências interiores.

Sei que este depoimento pode estar mais confundindo do que ajudando... afinal, apenas tive contato com esta idéia na palestra de duas horas e meia das coordenadoras (e com tradução simultânea – não entendo alemão). Mas gostaria de ajudar na divulgação deste projeto que me encantou e que pretendo trabalhar aqui em Curitiba.
(texto escrito em 2008, portanto, fora das normas gramaticais atuais).



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

REAL - 2014 - saudade do futuro

Olha só!
Primeiro dia de 2014. E justo hoje foi me bater uma saudade do futuro.
E justo hoje vejo no face uma foto que me deu mais saudade ainda.
Parei para admirar a foto e acabou me surgindo uma pequena reflexão (ainda com espírito de final de ano 2013 - início de ano 2014).
Já fiz a retrospectiva 2013, mas tenho que dizer que este foi um ano MUITO especial para mim, pois aprendi nos últimos seis meses o que não aprendi em toda uma vida. 
Sei que esta passagem (ano novo) é apenas como um ritual. Que não "jogamos" fora o que se passou, mas sim usamos como espelho (reflexo) para o caminho futuro.
Renasci no dia 27 de agosto. Desde então estou morrendo um pouco. E isto é ótimo!
Percebi que plantei algumas flores ao longo de minha jornada de meio século. Mas que não se comparam às flores que pretendo plantar daqui por diante.

Percebi que é sempre bom relembrar do passado (seja as coisas boas, seja as ruins). Para continuar tendo forças (com as boas) e para não repetir os erros (com as ruins).
Pela primeira vez senti o que é o amor verdadeiro (e pretendo carregá-lo comigo para o resto de minha vida, dividi-lo sempre com os outros - tal qual chama que acende outras fogueirinhas e nunca se apequena).
Vejo um  caminho LONGO e maravilhoso à minha frente e pretendo segui-lo com meu instinto mais afiado.
Meus pés estão prontos para percorre-lo. Meu coração está pulsante em senti-lo. 
Espero poder logo me abrir sobre ele, para todos.
Ele é florido. Florido de arco-íris, de olhares quentes, de sonhos leves.
Que em 2014 eu possa plantar as primeiras sementes desse sentimento. E que me sejam dadas asas para completar esta peregrinação!
Assim seja!  FENOMENAL 2014
(obrigada pela foto, Marlyn Voigt)