Lembrei-me que o professor Newton da Costa sempre me fala da importância da literatura na vida de cientistas. (Sobre Newton da Costa veja postagem Newton: Göedel, Escher e Bach)
Mas, retornemos ao que recebi hoje:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/ler-autores-classicos-estimula-o-cerebro-e-pode-servir-como-autoajuda-diz-estudo
E me lembrei de um texto que escrevi, baseado em uma palestra que assisti em 2008.
http://alb.com.br/arquivo-morto/linha-mestra/revistas/revista_13/depoim_13.asp.html
E me deu vontade de retomar este projeto de vida: Trabalhar com literatura terapia.
Repasso abaixo o texto que escrevi:
- A LITERATURA COMO TERAPIA
- Susan Blum Pessôa

Angela Thamm define seu trabalho inspirada em um livro brasileiro: Crianças na escuridão, de Júlio Emílio Braz. A doutora diz que as crianças de hoje se encontram em uma escuridão, pois ficam a maior parte do tempo no computador ou na televisão. Sua palestra teve como objetivo mostrar que os problemas atuais de saúde e educação são baseados no fato das crianças terem perdido - ou nem terem aprendido - uma linguagem. O plano de fundo deste conhecimento encontra-se oculto em quatro idéias:




A palestra foi dividida em cinco partes, baseando-se em livros infanto-juvenis.
1. Crianças na Escuridão - Linguagem Perdida
2. Madassa – Trauma, Sonho e A Reinvenção da Linguagem
3. Fiete Diferente – Os Novos e Velhos Segredos dos Neurônios-Espelho
4. Olga e Os Amigos Ursos – A Linguagem Viva com Livros Ilustrados
5. O Encantamento através da Linguagem – O Projeto dos Livros Infantis ao Redor do Mundo
Estes livros são alguns que estão na caixa da farmácia dos livros ilustrados. Junto com estes trabalhos também há a preocupação com um envolvimento direto de pais, crianças e literatura. Além disso, este projeto também se baseia na teoria dos neurônios-espelho, que afirma a simultaneidade de sentimentos em pessoas diferentes. Logo, através da leitura desses livros a criança teria um referencial para pensar seus sentimentos e pensamentos.
Uma literatura fantástica não no sentido de um Edgar Alan Poe, mas, como disse a bibliotecária Bettina: “O fantástico não quer dizer que seja algo não-real, mas sim o que é bom para a imaginação, para a criação da fantasia”. Assim, foram apresentadas algumas idéias contidas na literatura, como: Madassa que não possuía palavras para sua raiva, medo ou tristeza; bichinhos de uma ilha imaginária que atendem a todo pedido da menina Gisela, até aparecer a cobiça; amigos ursos que são abandonados por um deles quando encontram um patinete; Olga que acorda com um barulho cinzento em sua barriga; ou ainda Fiete diferente que busca amigos que também sejam vermelhos e brancos.
Enfim, em um trabalho conjunto com professores, pais, crianças, e bibliotecários, pode-se ajudar na resolução de conflitos e carências, colaborando com o diálogo, o respeito e a cidadania. No final, cada criança pode também aprender a fazer um livro, contando suas histórias e explorando suas vivências interiores.
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