Lá vinha ele todo faceiro, chegava de mansinho e me tocava o corpo suado.
Dias de folga, ele gostava de brincar:
_ Diz ócio!
_ Ócio!
E assim o dia nos levava. Chegava a noite e nos encontrava mortos.
Domingo, ele chegava, de novo todo faceiro e pedia o almoço. Me tocava, caso o almoço não estivesse pronto, e me levava para a cama.
Depois de minutos eu sentia meu corpo suado...
Quando estava faceiro, ele gostava de brincar. Nossos corpos se juntavam, se separavam, juntavam-se de novo.
_ Diz ócio!
_ Ócio!
_ Diz ócio!
_ Ócio!
De noite, nossos filhos nos encontraram no quarto: mortos!
Errata:
Onde se lê: faceiro, leia-se: cachaceiro.
Onde se lê: tocava, leia-se: socava.
Onde se lê: suado, leia-se: usado.
Onde se lê: brincar, leia-se: brigar.
Onde se lê: _ diz ócio!, leia-se: Divórcio!
Onde se lê: Ócio!, leia-se Ódio!
Onde se lê: mortos, leia-se: mortos.
Este meu conto faz parte do livro Novelos nada exemplares...
Alerto:
Mulher NÃO é capacho e não deve aceitar sequer agressões verbais!
Viva sozinha e feliz se for o caso!
Denuncie caso o abuso não seja só verbal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário