Mais uma crônica saiu!
A primeira de setembro.
Que venha a primavera com seus renascimentos!
http://www.todaletra.com.br/cat/coluna-da-susan/Copio aqui na íntegra, caso não queiram ir até o site. Mas recomendo que comentem por lá.
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Amar pode matar!
Por Toda Letra em 2 de setembro de 2013
Creio que todos já conheceram alguma mulher muito doce, gentil, meiga e amorosa. Cuidado! As aparências enganam. Não. Não estou dizendo que ela não é carinhosa e meiga. Ou que não ama. Sim. Ela ama. Mas este amor, esta meiguice, este carinho pode acabar matando, sufocando ou só afastando as pessoas.
Esta mulher geralmente é ótima para amizades. Mas não consegue ter um relacionamento e sempre coloca a culpa no outro. “Mas eu fiz tudo por ele!”, “Eu me dediquei. Doei-me totalmente”, “Eles são ingratos. Não sabem o que querem”. Estas são frases correntes desta mulher.
Não a culpem. Ela não tem consciência disso. Acredita de verdade que é “perfeita” e que os homens é que não sabem o que querem, afinal, eles finalmente encontraram uma pessoa incrível (inteligente, meiga, dócil, maravilhosa). Como podem não perceber isso?
Na vida, amadurecemos nos momentos certos. Conheço pessoas que são maduras com dez anos de idade. Outras com vinte. Mas a maioria amadurece quando tem trinta ou quarenta anos. Pois bem! Esta semana farei cinquenta anos. E o meu maior presente foi descobrir que sou imatura! Que ainda tenho MUITO a crescer, aprender, destruir e conhecer (de mim mesma).
É doloroso saber que tudo que acontece com você é culpa exclusivamente sua. Que de nada adianta tentar colocar a culpa nas circunstâncias, nas pessoas etc. Não devemos fazer isso nunca. Devemos perceber QUEM realmente somos.
Para estas mulheres que são Felícia (descobri um pouco dela em mim, com horror), que amam tanto que querem prender (fazendo surpresinhas, dando presentes, tentando sempre dar apoio e amor), peço que abram os olhos. Que percebam o quanto isso sufoca, o quanto acaba matando.
Deixem as pessoas e as coisas que vocês amam livres! Sei que falar é fácil. Que a mente aceita e acha bonito. Mas devemos praticar isso. Liberdade, PRATIQUEM!
Sugestão de uma mulher nada sábia? Canalizem este amor imenso com atos caridosos para quem precisa. Logo divulgarei um projeto muito bacana que espero que sirva como filete de água para diversos rios futuros.
Conhecem a velha frase de Quintana? “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você”? Alguns dizem que na verdade é outra frase: “Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela” – D. Elhers. Independente da autoria, estas frases são verdadeiras!
Que o mês de setembro, com a primavera, permita esta reflexão dentro de cada um de nós! Devemos plantar amor e permitir que as flores sejam livres (não as prendam em vasos). E que venham as borboletas!
*Susan Blum Pessôa de Moura, formada em Psicologia (PUC-Pr, 86) e em Letras (Universidade Federal do Paraná – UFPR, 2003). Mestre em estudos literários (UFPR, 2004). Possui publicações acadêmicas em revistas literárias como Fragmentos (UFSC), Letras (UFPR), Magma (USP) e Alpha (Unipam). Autora do livro de contos Novelos Nada Exemplares (2010) e participante da coletânea de contos (de autores paranaenses) Então, é isso? (2012). Pesquisadora no Grupo de Estudos sobre o espaço (UFPR) desde seu início em 1999, ministra cursos de criação literária no CELIN da UFPR (desde 2008) e escreve quinzenalmente para a Toda Letra.
Esta mulher geralmente é ótima para amizades. Mas não consegue ter um relacionamento e sempre coloca a culpa no outro. “Mas eu fiz tudo por ele!”, “Eu me dediquei. Doei-me totalmente”, “Eles são ingratos. Não sabem o que querem”. Estas são frases correntes desta mulher.
Não a culpem. Ela não tem consciência disso. Acredita de verdade que é “perfeita” e que os homens é que não sabem o que querem, afinal, eles finalmente encontraram uma pessoa incrível (inteligente, meiga, dócil, maravilhosa). Como podem não perceber isso?
Na vida, amadurecemos nos momentos certos. Conheço pessoas que são maduras com dez anos de idade. Outras com vinte. Mas a maioria amadurece quando tem trinta ou quarenta anos. Pois bem! Esta semana farei cinquenta anos. E o meu maior presente foi descobrir que sou imatura! Que ainda tenho MUITO a crescer, aprender, destruir e conhecer (de mim mesma).
É doloroso saber que tudo que acontece com você é culpa exclusivamente sua. Que de nada adianta tentar colocar a culpa nas circunstâncias, nas pessoas etc. Não devemos fazer isso nunca. Devemos perceber QUEM realmente somos.
Para estas mulheres que são Felícia (descobri um pouco dela em mim, com horror), que amam tanto que querem prender (fazendo surpresinhas, dando presentes, tentando sempre dar apoio e amor), peço que abram os olhos. Que percebam o quanto isso sufoca, o quanto acaba matando.
Deixem as pessoas e as coisas que vocês amam livres! Sei que falar é fácil. Que a mente aceita e acha bonito. Mas devemos praticar isso. Liberdade, PRATIQUEM!
Sugestão de uma mulher nada sábia? Canalizem este amor imenso com atos caridosos para quem precisa. Logo divulgarei um projeto muito bacana que espero que sirva como filete de água para diversos rios futuros.
Conhecem a velha frase de Quintana? “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você”? Alguns dizem que na verdade é outra frase: “Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela” – D. Elhers. Independente da autoria, estas frases são verdadeiras!
Que o mês de setembro, com a primavera, permita esta reflexão dentro de cada um de nós! Devemos plantar amor e permitir que as flores sejam livres (não as prendam em vasos). E que venham as borboletas!
*Susan Blum Pessôa de Moura, formada em Psicologia (PUC-Pr, 86) e em Letras (Universidade Federal do Paraná – UFPR, 2003). Mestre em estudos literários (UFPR, 2004). Possui publicações acadêmicas em revistas literárias como Fragmentos (UFSC), Letras (UFPR), Magma (USP) e Alpha (Unipam). Autora do livro de contos Novelos Nada Exemplares (2010) e participante da coletânea de contos (de autores paranaenses) Então, é isso? (2012). Pesquisadora no Grupo de Estudos sobre o espaço (UFPR) desde seu início em 1999, ministra cursos de criação literária no CELIN da UFPR (desde 2008) e escreve quinzenalmente para a Toda Letra.
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