Todos os dias era a mesma coisa. Eu cozinhava com ódio – pois odiava cozinhar - e pedia à minha filha que levasse para a avó, que morava longe, e que ela fosse a pé (assim demoraria mais).
Até dizia que ela podia se distrair com qualquer coisa no caminho. Que brincasse com as borboletas, com os esquilos, com os lobos da floresta.
E todo dia, quando a minha filha saía, eu sentia um alívio, corria para tomar banho e me arrumar, enquanto deixava a porta dos fundos aberta.
Para o caçador.
Muito bom.
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