novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

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convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

sexta-feira, 14 de março de 2014

REAL - crônica - Vive la révolution... tupiniquim


   No dia 14 de julho de 1789, em Paris aconteceu um fato que mudou o mundo ocidental para sempre. Nessa data, correu um rumor de que o governo francês iria reprimir com violência as manifestações populares. Sendo assim, o povo, exercendo o seu dever de cidadania, pegou em armas e invadiu a prisão nacional da Bastilha. Esse fato desencadeou uma série de mudanças, as quais resultaram na criação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Assembleia Nacional Constituinte e Juramento da Sala de Jogo da Péla. O que de início pareceu aos bons cidadãos, atos de vandalismo criminosos, resultaram em ganhos sociais nunca antes conquistados. Tais conquistas vieram a beneficiar não só povo francês, mas sim todo o mundo.
  Na véspera do feriado de Carnaval, o Supremo Tribunal Federal voltou atrás de uma decisão tomada em 2012, e absolveu os mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e José Genoino do crime de formação de quadrilha. Esse paradoxo ocorreu, pois alguns juízes do STF foram trocados durante esse período; sendo assim, os novos membros votaram em favor dos criminosos.
  Eu sei que muito irão me chamar de radical, anarquista e outras coisas por apoiar uma revolução popular. Mas me responda uma pergunta: o que é a democracia se não “o povo no poder”? Não somos nós, o povo o detentor da autoridade sobre os três poderes; uma vez que, antes de sermos uma República somos Democracia? Não fica assim legitimada a ação de supostos vândalos, que na verdade estariam apenas fazendo valer o seu direito? Pois, se os “três poderes” não sevem ao seu senhor, ou seja, o povo em um governo democrático, eles devem ser sim contestados e em última estância derrubados. 
   Voltando a nossa revolução tupiniquim, já chegou a hora de aprendermos com os franceses, pegarmos em armas e realizamos a nossa queda da bastilha! Não seria uma cena linda e emblemática, digna de uma tela exposta no Louvre, ver as 513 cabeças dos deputados brasileiros, separadas de seus corpos putrefeitos, e expostas em estacas ornamentando a fachada do palácio dos três poderes?

(Texto de Daniel de Araújo Cavassin)
   

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