novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......

novelos soltos, emaranhados, organizados, escondidos, fiapos da vida......
convido-os a desenrolar alguns fios reais e ficcionais

domingo, 13 de janeiro de 2013

FICÇÃO - Inspirações instantâneas

Meu amigo Gilberto Namura sempre posta imagens no face que me inspiram. Mal as vejo e já vem na cabeça algumas ideias. Como sei que não terei tempo (pelo menos não agora) de trabalhar estes contos; jogo estas ideias aqui, para os meus leitores. Quem sabe um dia eu as retomo e trabalho como merecem.

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Encontros furtivos


No encontro furtivo de sempre, Raquel sai de casa com a desculpa de ir comprar pão. Já Isaac sai dizendo que rezará no muro. Mas, com o véu de névoa da rua, que os esconde de outros olhares gulosos, eles "amassam" o pão no muro das lamentações. Seus respectivos companheiros estão em casa. Um esperando o pão. Outra esperando com pão. E Isaac (90 anos) e Raquel (87) ajeitam suas vestimentas e voltam para casa.
 (inspirado em Nelson Rodrigues). By Susan Blum.

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 É de comer?

O ursinho pergunta, dando mordiscadas leves: "Mãe, é de comer?". E a mãe: "não filho! Coma só o que ele está dando!"


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Esperando

Fica calmo. Ele logo volta com a resposta de sua cartinha. Meu marido é um bom pombo-correio!
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Ele a encurrala no beco, 
ela parece assustada e não reage.
Aproveita o estado dela
e a carrega para o casarão abandonado.
Lá, começa a arrancar as roupas dela, 
ainda sem reação por parte dela.
Quando ele começa a abrir sua própria calça,
ela o abraça suavemente,
aproxima a boca de sua orelha...
sussurra algo.
... 
...
Com a boca ainda rubra, vibrante,
a vampira sai calmamente para a rua.
2a opção:
Depois de ter encurralado ele no beco,


o levado ao casarão abandonado,
abraçado-o suavemente,
aproximado sua boca de sua orelha...
sussurrado algo.
Mordido o pescoço dele...
...
a vampira sai calmamente para a rua.
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 Olhar metálico fixo.
Passadas leves de ninja.
Aproximação friamente calculada
com emoção pulsando no sangue.
Mirou o alvo com ronronar interno silencioso.
Bundinha levemente agitada sinalizando o bote.
No aquário iluminado, o peixinho ingênuo.
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"Cara, você tá tocando tudo errado...
olha, enfia a mão mais pra lá que vc acerta o tom"
disse o cãozinho maestro, empurrando a mão com o focinho!

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Ela parou ali. Sentou e ficou refletindo sobre sua vida parada, que não saía do lugar. Nada de novo acontecia a não ser pequenos mergulhos inusitados. Estava exausta de viver sempre o mesmo, como em um aquário fechado. Então resolveu mudar. Aproveitou um instante de distração dela e a puxou para dentro d´água. Para ficar no seu lugar. E foi embora, enquanto ela se debatia nas ondulações da piscina...
 

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