Eu tive um sonho.
Esta noite eu tive um sonho.
A vantagem de ficar com gripe e febre é que tenho MUITOS
sonhos.
Sonhos estranhos, mas lúcidos.
Estava em um local mais seco (será por causa do nariz
trancado?), com mais pó, como se fosse um deserto. Um sol forte nos chicoteava
junto com um fino vento quente. Não havia grama, nenhum verde, só tons de terra
seca. Casas meio destruídas (como a Palestina em guerra mostrada na TV), mas eu
não estava na Palestina.
Um rapaz magro, com roupas claras (na medida do possível,
pois havia pó por todo lado) sentado ao chão junto comigo, trouxe umas sementes
e outros materiais. Colocou alguns dentro de um potinho feito de barro,tinha o
formato de uma pequena baciazinha. Então, com um pedaço de pau com a ponta mais
grossa, foi quebrando uma a uma e me explicando as cores que saíam de cada uma.
Eu sabia, no sonho, que ele estava me ensinando a usar o material para tingir
fios. Pelo de ovelhas. Não havia nada ali por perto e estávamos apreensivos,
sempre olhando para os lados quando um pequeno ruído surgia. Aprendi tudo com
ele, uma semente (esqueci o nome ao acordar), fazia um pequeno sol ao ser
esmagada: amarelinho tímido no meio e muito branco ao redor. O anis (ele me
disse que era), dava um azul bonito. Outra "pedrinha" (também esqueci
o nome), dava um amarelo terroso bonito. Por fim outras duas davam dois tons de
marrom, um deles quase preto.
"Assim você vai conseguir ensinar as mulheres de
lá!"
O sonho pulou para dentro da U.P. (onde leciono). Ali, eu
via um tear feito pelos alunos de Design, e junto com o professor Razera
mostrava o que eu havia aprendido. Vi a perfeição do trabalho no tear e fiquei
feliz.
Falei para ele do que havia aprendido e ele me mostrou uma
grande bola de pelos de ovelha que ele havia colocado na mistura que expliquei.
A lã saiu toda colorida, linda.
Então eu disse: as mulheres do Afeganistão ficarão contentes
com tudo isto.
O sonho pulou novamente e eu estava em uma sala, com uma
mesa grande, vendo todo o material que eu havia conseguido juntar para levar
para o Afeganistão.
Estava explicando, para um mulher que me ajudava, que as
Bonequeiras sem Fronteiras fariam centenas de bonecas muçulmanas.
Não lembro muito bem do resto do sonho, mas sei que me
sentia muito feliz. Querendo voltar para aquele local seco e cheio de pó.
Quando acordei, estava ainda submersa (mesmo no preparo do
café na cozinha) nos sonhos. E - não sei porquê - me lembrei de outro que tive
com uns dez anos de idade. Este sonho sempre volta na minha memória, pois mexeu
muito comigo e como não havia entendido o sonho o contei para minha irmã (ela
tinha uns treze) que fez uma leitura tão bela que sempre guardei comigo. São 40
anos entre um e outro. mas pelo jeito os dois ficarão juntos a partir de hoje.
No meu sonho infantil, eu estava dentro de um elevador com
várias pessoas. E um ascensorista (hoje em dia eles não existem mais), parava o
elevador em cada andar e um ou mais desciam. Não vou me lembrar a ordem exata
do sonho. Mas ele parou no primeiro e disse; "Mulheres" (elas
desceram). No segundo: "negros" (eles saíram). No terceiro:
"judeus". E um homem negro desceu. Eu disse espantada: "ei! Ele
disse judeus!" Ao que o negro me olhou e disse: "eu sei! Eu sou
judeu!"
Eu era criança e não havia entendido o sonho. Minha irmã
(sempre sábia desde pequena), me disse que o sonho mostrava os preconceitos e
as divisões que fazemos das pessoas. E que podemos rotular pessoas de forma
equivocada. Este sonho e a explicação dada por minha irmã nunca saíram da minha
cabeça (ou deveria dizer coração?).
E a palestra foi linda! O Junior explicou o propósito de levar material escolar e outros, para o Afeganistão. Vamos colaborar da melhor forma possível...
ResponderExcluirVisitem o blog dele e comprem as fotos. Façam doações de material escolar e outros.
http://jpinheirofotografo.wordpress.com/
www.kickante.com.br/campanhas/afegas-reconstruindo-um-pais
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